Oratórios Mineiros do Século XVIII
Nicho era originalmente abertura em vão ou parede para se colocar estátua, vaso, etc. A denominação se estendeu aos armários de madeira onde se guardavam os santos para as orações familiares e os termos nicho e oratório passaram a ser usados como sinônimos.
Em Minas Gerais também se usava o termo "maquineta" para pequenos oratórios ou armários envidraçados — em geral menores, mais retangulares, de um só andar.
Quase sempre os oratórios contêm um crucifixo ao centro, ladeado por imagens, principalmente Senhora Santana e Nossa Senhora da Conceição e outras de especial devoção de cada família, em geral confeccionadas em pedra sabão. Em alguns casos, o compartimento inferior do oratório guarda um presépio e excepcionalmente outras imagens.
Os oratórios expostos foram confeccionados em Minas Gerais, numa adaptação local do estilo D. João V, não possuem portas na frente e são fechados com vidros.
Geralmente pintados internamente com uma cor de fundo, a ela se sobrepõe desenhos de flores e plantas; em alguns casos são forrados de papel e raramente de tecido. Muitas vezes eram também decorados externamente com pinturas e enriquecidos com douramento.