Pátio da Mangueira

O conjunto arquitetônico do MAM é originário de um complexo agroindustrial do mesmo protótipo dos engenhos de açúcar, com casa-grande, capela, senzala, armazéns e cais, que atendiam à função de receber e exportar a produção açucareira dentre outros produtos do Recôncavo.

Maria Helena - Diretora do Museu

O solar, do século XVII, em alvenaria de pedra, com arcadas de tijolos no térreo, desenvolve-se em três pavimentos, sendo o último construído no século XIX.

Além dos espaços expositivos do Casarão, da Capela e da Galeria 3, o MAM detém dois grandes pátios externos: o Pátio do Pôr do Sol (cerca de 1.600 m²) e o Pátio da Mangueira (cerca de 560 m²) totalizando mais de 2.500 m² de áreas livres se somado ao estacionamento superior. Além disso, dispõe ainda do Pátio do Flamboyant (cerca de 100 m²), o Parque das Esculturas - que funciona como um Museu a céu aberto com várias obras de arte - (com cerca de 10.000 m²), a Galeria Rubem Valentim e a Prainha do MAM.

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Obras selecionadas

Capela de Nossa Senhora da Conceição
Capela de Nossa Senhora da Conceição

Capela de Nossa Senhora da Conceição

A capela de Nossa Senhora da Conceição, tem características típicas das igrejas matrizes do período, com a particularidade de possuir nave e capela-mor da mesma largura e altura. Sua fachada, em rococó tardio, é provavelmente dos oitocentos, com fonte, aqueduto, chafariz em arenito com carranca e conchas superpostas

A escada do MAM da Bahia, desenhada por Lina Bo Bardi
A escada do MAM da Bahia, desenhada por Lina Bo Bardi

A escada do MAM da Bahia, desenhada por Lina Bo Bardi

Escada construída durante a reforma do Solar do Unhão no período de 1960 a 1963. As madeiras, nativas do recôncavo baiano, chegavam através de saveiros que atracavam no próprio Solar do Unhão.

A escada do MAM da Bahia, desenhada por Lina, virou um marco da arquitetura brasileira.

A escada representa a união do tradicional com o moderno, em um elemento que é funcional e simbólico ao mesmo tempo. “A escada se mostra contemporânea em seu desenho, mas se harmoniza com os elementos de outras épocas presentes no edifício; e simultaneamente remete ao tradicional, pelo uso da madeira e pelo sistema de encaixes copiado dos carros de boi.” A escada helicoidal é e materializa tanto o conceito do MAP (Museu de Arte Popular), quanto a teoria de restauro da arquiteta, que evitava distinguir ou hierarquizar ‘parte histórica e parte moderna’.”

Achillina Bo, mais conhecida como Lina Bo Bardi, nasceu em 1914 em Roma, Itália e faleceu em 1992 em São Paulo. Arquiteta modernista ítalo-brasileira, naturalizada no Brasil após a Segunda Guerra Mundial, tornou-se uma das mais importantes arquitetas do país, conhecida por projetos como o complexo cultural Sesc Pompéia e o Museu de Arte-MASP em São Paulo e o Museu de Arte Moderna de Salvador.

No final dos anos 1950, vai para Salvador e dá início a uma temporada na Bahia, quando dirigiu o Museu de Arte Moderna e fez o projeto de recuperação do Solar do Unhão. Dona Lina, como os baianos a chamavam, permaneceu em Salvador até 1964. Desenvolveu imensa admiração pela cultura popular, montando uma coleção de arte popular base de criação do Museu de Arte Popular e sua produção adquire sempre uma dimensão de diálogo entre o Moderno e o Popular. Esteve em Salvador ainda na década de 80, período de redemocratização do país, quando elaborou projetos de restauração no centro histórico de Salvador. Nesta ocasião, realizou os projetos da Casa do Benin e do Restaurante Coati na Ladeira da Misericórdia entre outros.

Recebeu – in memoriam – o Leão de Ouro Especial pela trajetória e conjunto de sua obra durante a 17ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, 2021.

Referência internacional e vários dos seus temas e posições tornaram-se pauta do debate sobre cultura, patrimônio histórico e produção material da arquitetura e dos objetos.

Fonte de Santa Luiza
Fonte de Santa Luiza

Fonte de Santa Luiza

Encontram-se notícias também que a famosa devoção e festa à Santa Luiza – depois transferida para a Igreja do Pilar, no Comércio, começa na fonte de água do Solar do Unhão, que seria milagrosa a quem tivesse algum tipo de problema com os olhos.

Moinho
Moinho

Moinho

Dentre os projetos no MAM-Bahia com grande repercussão: a ‘Jam no MAM’ que é uma 'jam session' e outros temporários como o ‘Pinte no MAM’, além de dispor de um Café e uma Sala de Cinema (atualmente sob concessão do Circuito de Cinema Saladearte). O MAM-Bahia é também um dos principais pontos de visitação turística da capital baiana. Sua frequência chega a cerca de 200 mil pessoas/ano.

Café e uma Sala de Cinema
Café e uma Sala de Cinema

Café e uma Sala de Cinema

Atualmente sob concessão do Circuito de Cinema Saladearte

Trilhos
Trilhos

Trilhos

O conjunto do Unhão foi construído ao longo de três séculos (XVII, XVIII e XIX). Embora situado praticamente dentro da cidade, esse conjunto era um complexo agroindustrial do mesmo gênero dos engenhos de açúcar, com casa grande, capela e senzala. Mas nunca funcionou comprovadamente como um engenho de cana de açúcar tão comum na região do Recôncavo baiano.

Núcleo das oficinas
Núcleo das oficinas

Núcleo das oficinas