Em Uma Jornada...
Udo Knoff foi um pesquisador incansável da arte da Azulejaria e sua paixão por essa arte o levou a realizar uma investigação criteriosa sobre a técnica e a história dos azulejos presentes nas residências da antiga São Salvador.
Seu trabalho incansável deu origem a um catálogo de 350 azulejos, que, segundo o artista, não estava acabado e tinha o propósito de instigar outros trabalhos nesse perfil. O empenho cabal deu origem à afirmação que leva o título da exposição: "O que não foi achado deve estar bem escondido".
Embora não fosse o objetivo de sua pesquisa o levantamento de trabalhos de arte contemporânea, Udo foi contemporâneo de artistas que experimentaram o azulejo como suporte para suas pinturas, realizadas como intervenções em estruturas arquitetônicas públicas e privadas, mas que já traziam em suas obras os traços vanguardistas da arte contemporânea, tais como Max Urban, Jenner Augusto e Bel Borba, trazidos para esta exposição.
Muito depois de Udo nos deixar, artistas independentes têm se aproximado da azulejaria para expressar sua arte com técnicas inovadoras e temáticas atuais, demonstrando que mesmo uma arte secular como a azulejaria pode ser reelaborada e utilizada para novas leituras criativas. Nesse contexto, para apresentar algo que não poderia ser encontrado, pois estava ainda por acontecer num futuro distante para Udo (e no nosso presente), são exibidas nesta casa as obras de Axoloti Kerope e Wagner Lacerda.
Os (des)caminhos da arte da azulejaria contemporânea em Salvador apresentam uma diversidade de processos e linguagens que podem ser encontrados em formatos e espaços múltiplos, oportunizando ao indivíduo que contempla e a ela se conecta as escolhas para seus próprios (des)caminhos.
Aqui passeamos por um trecho dessa trilha.
Espaço fechado à visitação presencial.