Castro Alves foi o poeta de todos os sentimentos: o patriotismo, a compaixão, o amor romântico, a liberdade, a justiça. Não se contentou em cantar apenas em um único tom. Foi o poeta tanto da tristeza quanto do prazer, da mágoa e da alegria. Compreendeu a vida como um complexo de sentimentos contraditórios, de lagrimas e de sorrisos. Não cedeu aos desacertos, foi em frente, deixando para traz dissabores, as desavenças, os desamores. Encontrou sempre uma forma de ser feliz e não fraquejou mesmo quando a doença já o desenganara. Produziu, planejou seus livros, clamou misericórdia pelas famintas vitimas das guerras e pelos cativos do Brasil. Apesar de quase total dedicação de sua vida as questões sociais do seu tempo, Castro Alves dedicou, também, sua lira ao amor. Porem, essa lírica amorosa contraria e muito as convenções do romantismo literário, segundo as quais o poeta deveria cultivar um amor único, na maioria das vezes imaginário e exaltar a sua pureza.
O poeta amou varias mulheres, entre elas: Leonídia Fraga, Eugênia Câmara, Brasília Vieira, Ester Amazalack, Agnése Murri e a todas elas dedicou seu canto. Mas foi para a atriz portuguesa Eugênia Câmara, mais amada por ele, que dedicou seus mais famosos poemas, dentre os quais: "Meu Segredo", "Vôo do Gênio", "A Uma Atriz" e "O Gondoleiro do Amor", Com o subtítulo de "Dama Negra", este ultimo representa uma síntese perfeita de comedida descrição da volúpia amorosa, do elogio singelo da beleza física e da musicalidade da poesia romântica.
No acervo, destacam-se as fotografias dos amores do poeta e o livro "Espumas Flutuantes", o único livro que foi publicado ainda em vida por Castro Alves.
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