Na primeira metade do século XIX, existiu neste local o palacete onde residiu o comerciante de escravos José Cerqueira Lima, considerado um dos homens mais ricos da Bahia. Em 1858, o prédio foi vendido ao professor Francisco Pereira de Almeida Sebrão, para se tornar o Colégio São João. Em 1879, foi adquirido pelo governo, a fim de funcionar como residência dos Presidentes da Província e, com o advento da República (1889), passou a ser Palácio dos Governadores.
No governo de Francisco Marques Góes Calmon (1924-27), o palácio em ruínas foi demolido e construído no mesmo local um prédio de cimento armado, seguindo os novos padrões da arquitetura, para sediar a Secretaria de Educação e Saúde, inaugurada em 1927, onde trabalhou o educador Anísio Teixeira.
A importante edificação, conhecida também como Palácio da Vitória, foi enriquecida com vários elementos arquitetônicos oriundos de demolições de outros solares baianos, a exemplo da portada em cantaria e madeira entalhada com mascarões, datada de 1674, proveniente do Solar João de Matos Aguiar, demolido para o alargamento da Ladeira da Praça, no centro histórico e onde, em 28 de janeiro de 1808, o príncipe D. João VI assinou a Carta Régia que abriu os portos do Brasil às nações amigas. O corrimão da escada que dá acesso ao hall é proveniente da antiga igreja de Santo Antônio do Paraguaçu , no distrito de Iguape, município de Cachoeira, Recôncavo Baiano. Suas colunas torneadas e figuras entalhadas em jacarandá atestam a arte da marcenaria do século XVIII.
O hall é decorado com silhares de azulejos azul e branco, do século XIX. Em 1941, tanto os silhares quanto a portada foram tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Todas estas marcas do passado, atualmente guardadas neste museu, evocam a lembrança de alguns aspectos da antiga cidade da Bahia.
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